quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Homenagem para quem leva o nome do blog

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Conforto desconfortável


Querer mudar. Poucos querem, menos ainda conseguem algum feito. A maioria prefere encontrar uma posição confortável onde apenas se adaptam a aquilo que as convém. Preguiça? Acredito que raramente isso é. Penso que isso fazem as pessoas que têm medo de mostram quem realmente são e pelo que realmente estão ali. Acham que entrar em um grupo onde ela precisará mudar pra ser aceita é melhor do que mudar os que estão em volta dela. Não que isso seja o certo, mas ser quem não é apenas pra satisfazer os outros é pior ainda. Pessoas que se contentam com o pouco. Com suas vidas sociais onde todos são amigos, contudo, apenas de fachada. Apenas pras horas onde se reunir e viver a rotina viciada de todos é o que os fazem sentir bem. Têm suas mentes fechadas para tudo, focadas apenas em mostrar a beleza comprada e usada cada dia de uma forma. São como máquinas, customizadas para cada ocasião. Não conseguem se mostrar únicas. Vão apenas por influencias, como animais atraídos à carniça pelo chefe do bando. Gozam daquilo que as fazem mal, da bebida, do cigarro. Vêm isso como forma de viver realmente os bons momentos. Não entendo como estes podem se basear dessa forma. Não busco números. Saber que uma pessoa apenas está do meu lado não por conveniência, mas por carinho, é muito melhor do que ter o mundo aos teus pés e não poder contar com o coração deles. Viver para chamar de amigo a primeira pessoa que te der um cigarro, e dizer que ama aquele que te der uma dose. Dizer que este é seu melhor amigo e meses, semanas, dias depois trata-lo como se nada disse tivesse existido. E como tivesse passado a vida toda com outra pessoa. Se isso for vida, prefiro acreditar que não vivo. Que apenas vago pelo mundo a procura da mudança e daqueles que esta querem fazer acontecer. Posição confortável apenas me darei o dia que meu objetivo estiver cumprido, no dia em que eu sentir que nada mais poderei fazer, no dia em que eu ver que desta vida tudo foi aproveitado.

Igor Espíndola - @vingardiun

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O gosto do imprevisível

Alguém me diz onde está o script em que todos estão e pelo qual todos estão agindo? Acredito que apenas eu não saiba onde este está. Todos estão tão certos daquilo que fazem e daquilo que pensam, mas eu me sinto tão perdido e confuso em fazer qualquer coisa, não tenho essa precisão e prefiro deixar as coisas acontecerem por si só. Onde está a naturalidade da vida? Aquele leve descompromisso com o que está por acontecer? Aquele certo receio do futuro? Onde está aquele sorriso arrancado espontaneamente do rosto de uma pessoa? Não quero viver algo programado, com hora e local pra acontecer. Não quero viver sobre a vista da pressa, quero ter calma e com calma agir. Não quero que me digam o que é certo e o que é errado, quero arriscar a aprender isso por mim mesmo. Não quero saber onde é que tudo termina, quero encontrar o caminho quando eu bem entender. Não quero viver o futuro no presente, quero que tudo se desenvolva quando tiver que ser. Não quero viver à sombra de uma história, quero algo imprevisível, quero viver o risco. Quero que minha vida seja um caminho o qual eu trilhe, sem nenhuma rota prévia. Quero poder tomar novas estradas, encontrar novos atalhos e sempre saber que posso voltar à pista principal quando bem entender. Não quero pardais nem placas de velocidade, quero montar minha própria lei. Não quero viver o padrão. Quero sair pela porta sem ter um rumo. Quero gritar ao vento e ter a esperança de ser correspondido. Quero atirar uma pedra e não ter a certeza de que ela irá cair. Quero poder mostrar algo quem eu sou por aquilo que trago aqui dentro e não por aquilo que carrego comigo. Quero poder dizer que te amo sem temer o sentido da palavra. Não quero programar uma vida que não acontece, quero viver o agora. Quero poder um dia olhar pra trás e ver que tudo valeu a pena. Ver com quem estive, e ver que fiz a diferença. Quero poder morrer com a certeza de que não encontrei o roteiro da vida, mas que escrevi um ao longo dela.

Por  Igor Espíndola

Não deixe de ler tembém o Blog Belo Gol


domingo, 1 de maio de 2011

CA.GA.DA (2)

Me chamo Katiuscia e venho contar para vocês o que me aconteceu no dia 19 de março em Porto Alegre... Muito bem, esta eu, linda e esbelta passeando com o Adones na casa de amigos dele, antes disso tínhamos almoçado em um lugar ali perto, comida muito boa por sinal. O dia estava lindo, céu brilhava, bem azul, tinha jogo do Inter na cidade, quando resolvemos ir embora para nossa casa já eram uma 16 horas, pouco movimento na rua e tínhamos que caminhar cerca de 4 quadras até a parada de ônibus, chegamos na parada e para varias um pouco tinha alguns “thutha” escutando uns funk bem bagaceiros em volume máximo (odeio pobre), tudo bem, a situação não estava nada agradável, eis que veio um aviso, um aviso do além, um aviso do interior, parecia que algo dentro de mim queria se expressar, queria sair de qualquer maneira, então não consegui segurar e um “peidinho mudo” foi o aviso, sim eu estava me “cagando” e precisava urgentemente de um banheiro, que constrangedor isso...
Do outro lado da rua existia uma farmácia,
Única saída para alguém que se encontrasse na minha situação, fui até a farmácia, com as pernas tortas para evitar danos maiores, chegando lá um moço bacana e gente fina (leia-se estagiário) me atendeu, pedi um remédio qualquer que nem lembro o nome e logo em seguida pedi para usar o banheiro, e para minha surpresa recebi um NÃO, aquela não doeu em mim, era como se a minha mãe não me amasse mais, como se minha vida estava se acabando, ó vida cruel...
Eu insisti e falei pro moço que eu precisava muito, pois estava me “mijando” e precisava fazer xixi, bom, ele me liberou, vi o céu, vi a luz...A porta era daquelas tipo sanfona, nem bem fechei ela e já comecei a despejar tudo de ruim que eu tinha ingerido no almoço, foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Ah, minha mãe me ama uhu, quando me senti aliviada levante, me limpei e vi a o estrago que tinha cometido no banheiro da farmácia, fechei a tampa do sanitário e dei a descarga...CARA, CADÊ A ÁGUA DESSA DESCARGA??? Não podia estar acontecendo comigo, apertei muitas vezes e nada de água, abria a privada e via aquela, me deu vontade de chorar, me perguntei, o que eu estou fazendo da minha vida meu Deus...
No desespero abri a torneira da pia e tinha água, então em uma tentativa frustrada tentei, com a mão colocar a água na privada como se isso fosse adiantar, isso que, nem vou comentar do cheiro que estava aquilo, então tomei coragem, sai do banheiro, agradeci ao cara, e sai correndo da farmácia, atravessei a rua e o Adones já estava rindo de mim, implorei para sairmos daquela parada URGENTE, fui atendida, graças a Deus uma notícia boa, corremos até a próxima parada, e lá contei tudo pra ele, que não conseguia parar de rir em nenhum momento.
Achei que o pior já tivesse passado, mais que nada, 10 minutos mais tarde e nada do ônibus vejo o moço da farmácia fechando a farmácia, e vindo para a mesma parada que eu estava, sai correndo novamente até a outra parada que ficava mais ou menos a 500 metros de distância daquela, tamanho era a vergonha da situação que o Frederico não queria ficar do meu lado, e ele ainda não parava de me olhar e rir... e nada do ônibus, que droga de cidade é essa que não se têm ônibus... Depois de um tempo, veio o nosso ônibus e eu nunca me senti tão feliz ao entrar em um ônibus e me sentir tão aliviada...Chega no fim a minha história, mas como esta foi literalmente a pior cagada da minha vida ela não poderia terminar assim... Já estava até rindo da minha situação constrangedora, mas adivinha quem entrou no mesmo ônibus que eu estava....

Autora Desconhecidíssima

Por Diego Cigolini

Não deixe de ler tembém o Blog Belo Gol Esta semana com uma nova Coluna - Fala, torcedor!

sábado, 23 de abril de 2011

Vai entender...

Não tem a menor chance, eu não consigo se quer decifrar o que se passa comigo, como vou conseguir compreender os outros?

É impossível, posso colocar a culpa na minha insegurança, ou talvez na insegurança que é me passada...
Não sei é a única explicação para quando é me perguntando o motivo de ser assim, de tudo isso, não existe explicação obvia tampouco pensável...
O simples fato de ouvir nos transforma, de ser forma, faz com que revemos nossas idéias, ouvimos coisas ruins e coisas boas, juntamos tudo isso, e o que se passa na nossa cabeça é um filme, e com esse filme perdemos a razão e saímos do chão, ainda mais se estamos sobre algum tipo de emoção, mas, afinal, que razão é essa?
Queria ter um manual, tão mais simples, queria mudar meus pensamentos, queria ter princípios que hoje para eu são errados, queria tanta coisa, nem tão impossíveis assim..
Pensamentos absurdos e retardatários me passam pela cabeça, odeio ter imaginação, odeio pensar, odeio odiar tudo, odeio.
Fico me perguntando quando penso com o coração, cadê a razão, cadê a razão? Seria tudo bem mais fácil se o equilíbrio fosse conseguido de forma fácil e tranquila, odeio também procurar esta instabilidade entre esses dois polos...
Acho que na verdade eu só queria um pouco de atenção, não de qualquer pessoa, mas das pessoas que eu queira atenção.
Na verdade eu nem sei de onde vem essa inspiração louca, e estes absurdos que aqui escrevo, essa mistura de sentimentos me torna cada dia mais louco, puramente e somente louco...
Seria este o objetivo principal da minha missão? Espero, realmente que não...

Por: Diego Cigolini

Não deixe de visitar também o Blog BELO GOL com um raio X dos 3 clubes mais fortes na briga pela Taça Libertadores da América.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A última carta

Querida,
Diante de todas as coisas acontecidas, o tempo me trouxe um novo olhar sobre os fatos. Talvez ainda tudo que te foi dito continue sendo verdade, entretanto, as dúvidas existentes já se foram. A certeza dos meus sentimentos finalmente surgiu. Meu maior medo, sinto muitas vezes, acabou voltando-se contra mim. O que desde o começo eu temia mudar acabou manifestando-se em mim, e quem acabou mudando, percebo às vezes, fui eu. Mas isso tudo tem um motivo, medo. Medo de que o que eu faça acabe aumentando e alimentando o
que eu sinto aqui dentro. Foi justamente dessa maneira que tudo começou, ao natural, e por esse motivo que tenho medo que o natural surja novamente, e o pior de tudo, que seja inevitável. Sinto-me mais confortável a cada dia que passa. Vejo que o que sinto não vai passar de um dia para outro, entretanto, vejo também que sofrer por isso está cada vez mais longe de acontecer. Ainda assim é difícil, ter que te ver, sem poder te tocar, saber que sabes tudo que sinto, sem nem ao menos poder deixar isso quão claro eu queria. Penso muitas vezes que não entendestes direito, que aquilo que eu disse com medo do que viria depois não tivesse passado de uma simples especulação sobre o que seria te amar. Queria poder repetir, exatamente tudo, e te dizer tudo aquilo que não foi dito ou que saiu da minha boca como simples palavras. Não te vejo como alguém demostrada com simples palavras. Não vejo palavras em seu olhar, não vejo indiretas e nem mensagens que tens medo de falar, apenas tenho a prova do motivo de eu ter me apaixonado. Depois de tudo, pensar ainda que as coisas continuam iguais, ou pelo menos parcialmente iguais, até me conforta, entretanto, vê-la com outro alguém me faz sentir um aperto. Nunca pensei em algo do tipo ter te perdido, mas sempre que te ver feliz me deixaria feliz e me motivaria a não deixar isso me abalar. Quando vejo-os, não penso no casal, e também não sou tolo e egoísta o bastante pra pensar em algo maligno para acabar com isso. Vejo que se com essa pessoa, tão diferente do que e de quem eu sou, és feliz, penso que melhor assim. Talvez essa seja a pessoa ideal, pelo menos para agora. Quem sabes fostes a pessoa ideal para mim, mas eu não aguentaria ver que não sou aquele a quem estás procurando, e talvez tudo acabasse por ali. Talvez o tempo um dia nos diga e nos mostre que esse fora o caminho certo e menos doloroso para um desfecho. Talvez a rotina nos leve a pessoas e a eventos diferentes. Talvez as vidas nos leve por diferentes rotas, que talvez se cruzem, ou não, talvez avancem, ou regressem e nos apresente outras, mas que um dia nos leve a felicidade. Talvez ela, a vida, nos mostre a certeza de que essa é nossa real sina, sermos apenas amigos, nada além disso.
Sinceramente, aquele que sempre a amou.

Por Igor Espíndola

Não deixe de visitar também o Blog BELO GOL

sexta-feira, 1 de abril de 2011

CA.GA.DA

E-mail confidencial

Minha amiga Carmem:

Conforme minha promessa, estou enviando um e-mail contando as novidades da minha primeira semana depois de ser transferida pela firma para o Rio de Janeiro. Terminei hoje de arrumar as coisas no meu novo apartamento. Ficou uma gracinha, mas estou exausta. São dez da noite e já estou pregada.
Segunda-Feira: Cheguei na firma e já adorei. Entrei no elevador quase no mesmo instante que o homem mais lindo desse planeta. Ele é loiro, tem olhos verdes e o corpo musculoso parece querer arrebentar o terno. Lindooooo! Estou apaixonada. Olhei disfarçadamente a hora no meu relógio de pulso e fiz uma promessa de estar parada defronte ao elevador todos os dias a essa mesma hora. Ele desceu no andar da engenharia. Conheci o pessoal do setor, todos foram atenciosos comigo. Até o meu chefe foi super delicado. Estou maravilhada com essa cidade. Cheguei em casa e comi comida enlatada. Amanhã vou a um mercado comprar alguma coisa.

Terça-Feira: Amiga! Precisava contar. Sabe aquele homem de quem falei? Ele olhou para mim e sorriu quando entramos no elevador. Fiquei sem ação e baixei a cabeça. Como sou burra! Passei o dia no trabalho pensando que preciso fazer um regime. Me olhei no espelho hoje de manhã e estou com uma barriguinha indiscreta. Fui no mercado e só comprei coisinhas leves: biscoitos, legumes e chás. Resolvido! Estou de dieta.

Quarta-Feira: Acordei com dor-de-cabeça. Acho que foi a folha de alface ou o biscoito do jantar. Preciso manter-me firme na dieta. Quero emagrecer dois quilos até o fim-de-semana. Ah! O nome dele é Flávio. Ouvi um amigo dele falando com ele no elevador. E ainda tem mais: ele desmanchou o noivado há dois meses e está sozinho. Consegui sorrir para ele quando entrou no elevador e me cumprimentou. Estou progredindo, né? Como faço para me insinuar sem parecer vulgar? Comprei um vestido dois números menor que o meu. Será a minha meta.

Quinta-Feira: O Flávio me cumprimentou ao entrar no elevador. Seu sorriso iluminou tudo! Ele me perguntou se eu era a arquiteta que viera transferida de Curitiba e eu só fiz: "U-hum"... Ele me perguntou se eu estava gostando do Rio e eu disse: "U-hum". Aí ele perguntou se eu já havia estado antes aqui e eu disse: "U hum". Então ele perguntou se eu só sabia falar "U-hum" e eu respondi: "Ã-hã". Será que fui muito evasiva? Será que eu deveria ter falado um pouco mais? Ai, amiga! Estou tão apaixonada! Estou resolvida!Amanhã vou perguntar se ele não gostaria de me mostrar o Rio de Janeiro no final de semana. Quanto ao resto, bem...ando com muita enxaqueca. Acho que vou quebrar meu regime hoje. Estou fazendo uma sopa de legumes. Espero que não me engorde demais.

Sexta-Feira: Amiga! Estou arruinada! Ontem à noite não resisti e me empanturrei. Coloquei bastante batata-doce na sopa, além de couve, repolho e beterraba. Menina, saí de casa que parecia um caminhão de lixo. Como eu peidava! (nossa Você não imagina a minha vergonha de contar isto, mas se eu não desabafar, vou me jogar pela janela!). No metrô, durante o trajeto para o trabalho, bastava um solavanco para eu soltar um futum que nem eu mesma suportava. Teve um momento em que alguém dentro do trem gritou: "Aí! Peidar até pode, mas jogar merda dentro do vagão é muita sacanagem!" Uma senhora gorda foi responsabilizada. Todo mundo olhava para ela, tadinha. Ela ficou vermelha, ficou amarela, e eu aproveitava cada mudança de cor para soltar outro. O meu maior medo era prender e sair um barulhento. Eu estava morta de vergonha. Desci na estação e parei atrás de uma moça com um bebê no colo, enquanto aguardava minha vez de sair pela roleta. Aproveitei e soltei mais um. O senhor que estava na frente da mulher com o bebê virou-se para ela e disse: "Dona! É melhor a senhora jogar esse bebê fora porque ele está estragado!". Na entrada do prédio onde trabalho tem uma senhora que vende bolinhos, café, queijo, essas coisas de camelô. Pois eu ia passando e um freguês começou a cheirar um pastel, justo na hora em que o futum se espalhou. O sujeito jogou o pastel no lixo e reclamou: "Pó,dona Maria! Esse pastel tá bichado!"
Entrei no prédio resolvida a subir os dezesseis degraus pela escada. Meu azar foi que o Flávio ficou segurando a porta, esperando que eu entrasse. Como não me decidia, ele me puxou pelo braço e apertou o botão do meu andar. Já no terceiro andar ficamos sozinhos. Cheguei a me sentir aliviada, pois assim a viagem terminaria mais rápido. Pensei rápido demais. O elevador deu um solavanco e as luzes se apagaram.
Quase instantaneamente a iluminação de emergência acendeu. Flávio sorriu (ai, aquele sorriso...) e disse que era a bruxa da sexta-feira. Era assim mesmo, logo a luz voltaria, não precisava se preocupar. Mal sabia ele que eu estava mesmo preocupada. Amiga, juro que tentei prender. Mas antes que saísse com estrondo, deixei escapar. Abaixei e fiquei respirando rápido, tentando aspirar o máximo possível, como se estivesse me sentindo mal, com falta de ar. Já se imaginou numa situação dessas? Peidar e ficar tentando aspirar o peido para que o homem mais lindo do mundo não perceba que você peidou? Ele ficou muito preocupado comigo e, se percebeu o mau cheiro, não> o demonstrou. Quando achei que a catinga havia passado, voltei a respirar normal.
Disse para ele que eu era claustrófoba. Mal ele me ajudou a levantar, eu não consegui prender o segundo, que saiu ainda pior que o anterior. O coitado dessa vez ficou meio azulado, mas ainda não disse nada. Abaixei novamente e fiquei respirando rápido de novo, como uma mulher em estado de parto. Dessa vez Flávio ficou afastado, no canto mais distante de mim no elevador. Na ânsia de disfarçar, fiquei olhando para a sola dos meus sapatos, como se estivesse buscando a origem daquele fedor horroroso. Ele ficou lá, no canto, impávido. Nem bem o cheiro se esvaiu e veio outro.
Ele se desesperou e começou a apertar a campainha de emergência. Coitado! Ele esmurrou a porta, gritou, esperneou, e eu lá, na respiração cachorrinho. Quando a catinga dissipou, ele se acalmou. As lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos. Ele me viu chorando, enxugou meus olhos e disse: "Meus olhos também estão ardendo..." Eu juro que pensei que ele fosse dizer algo bonito. Mas ele falou:"Mulher, pára de se cagar!".Aquilo me magoou profundamente. Pensei: Ah, que filho da puta!
Então parei com a respiração cachorrinho... Depois disso, no primeiro peido ele cobriu o rosto com o paletó. No segundo, enrolou a cabeça. No terceiro, prendeu a respiração, no quarto, ele ficou roxo.

Quatro horas depois, conseguiram nos tirar do elevador.

Depois disso, entrei no escritório e pedi minha transferência para outra cidade, de preferência outro País.

Apague este e-mail depois de ler, tá?

Sua amiga, Márcia Cristina.

Publicado Por: Equipe Chulé do Frederico


Não deixe de visitar também o Blog BELO GOL Esta semana com o texto sobre a volta do Luís Fabiano o Fabuloso ao futebol brasileiro.